António de Oliveira Salazar nasceu a 28 de Abril de 1889 em Vimieiro, destrito de Santa Comba Dão, e o seu nome ficará para sempre marcado na história de Portugal. 

Salazar formou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Coimbra, envergou pela via de ensino, atingindo mesmo o grau de professor catedrático. Desde de cedo, a política esteve presente na sua vida e seu percurso pela política portuguesa foi, no mínimo, controverso. A sua carreira política viria a consolidar se no ano de 1928, após várias curtas passagens pelo panorama político nacional. António de Oliveira Salazar aceitou a pasta das finanças com a garantia que teria poder absoluto sobre as despesas, chegando mais tarde a Presidente do Conselho.

Durante cerca de 4 décadas Salazar criou e instituiu em Portugal o Estado Novo, um processo de governação autoritário e ditatorial que se estendeu a todos os sectores da vida do país e dos portugueses. A censura, será certamente, a maior marca que Salazar deixou do seu percurso. A esta vai se aliar a opressão, com consequência da perda da liberdade de expressão. O cidadão perdeu a sua voz, e aqueles que tinham a coragem de se expor eram presos e torturados. 

No entanto, a esperança é a última a morrer e durante anos foram vários aqueles que conspiraram contra o governo. A sua autoridade desmoronava-se mas nunca desistiu dos seus ideais ainda que os defendesse praticamente sozinho. Em 1968, na sequência de uma queda de uma cadeira, Salazar vê-se incapacitado para governar. A sua morte é anunciada dois anos mais tarde, a 27 de Julho de 1970, Salazar morre aos 81 anos. O regime ditatorial do Estado Novo prolonga-se por mais quatro anos após a sua morte. Este tem como início do fim a Revolução de 25 de Abril de 1974, também conhecida como a Revolução dos Cravos. Milhares de militares saíram à rua numa manifestação pacífica contra o governo, acabando por serem bem sucedidos. No meio desta revolução uma das várias floristas começou a distribuir cravos aos soldados e às pessoas, passando esta flor a ser o símbolo da liberdade dos portugueses.