Nome: Ana Cláudia Moura Pereira

Data de nascimento: 17 de setembro de 1979

Local de nascimento: Santarém

Primeiro contacto com a música: Na sua família há cantores.

Maior êxito: Desfado

Anos de carreira: 2003 - atualidade

Discografia:


Manhã na minha ruela, sol pela janela

O Sr. jeitoso dá tréguas ao berbequim

 

O galo descansa, ri-se a criança

Hoje não há birras, a tudo diz que sim

 

O casal em guerra do segundo andar

Fez as pazes, está lá fora a namorar

 

Cada dia é um bico d’obra

Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar

Baterias, há razões de sobra

Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga

É dia de folga!

 

Sem pressa de ar invencível, saia, saltos, rímel

Vou descer à rua, pode o trânsito parar

 

O guarda desfruta, a fiscal não multa

Passo e o turista, faz por não atrapalhar

 

Dona Laura hoje vai ler o jornal

Na cozinha está o esposo de avental

 

Cada dia é um bico d’obra

Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar

Baterias, há razões de sobra

Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga

É dia de folga!

 

Folga de ser-se quem se é

E de fazer tudo porque tem que ser

Folga para ao menos uma vez

A vida ser como nos apetecer

 

Cada dia é um bico d’obra

Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar

Baterias, há razões de sobra

Para a tristeza ir de folga e o fado celebrar

 

Cada dia é um bico d’obra

Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar

Baterias, há razões de sobra

Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga

É dia de folga

 

Este é o fado que se empolga

No dia de folga!

No dia de folga!

 

 

Letra e música: Jorge Cruz

Quer o destino que eu não creia no destino

E o meu fado é nem ter fado nenhum

Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido

Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

 

Ai que tristeza, esta minha alegria

Ai que alegria, esta tão grande tristeza

Esperar que um dia eu não espere mais um dia

Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

 

Ai que saudade

Que eu tenho de ter saudade

Saudades de ter alguém

Que aqui está e não existe

Sentir-me triste

Só por me sentir tão bem

E alegre sentir-me bem

Só por eu andar tão triste

 

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"

E lamentasse não ter mais nenhum lamento

Talvez ouvisse no silêncio que fizesse

Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

 

Ai que desgraça esta sorte que me assiste

Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada

Na incerteza que nada mais certo existe

Além da grande incerteza de não estar certa de nada

 

Ai que saudade

Que eu tenho de ter saudade

Saudades de ter alguém

Que aqui está e não existe

Sentir-me triste

Só por me sentir tão bem

E alegre sentir-me bem

Só por eu andar tão triste

 

Ai que saudade

Que eu tenho de ter saudade

Saudades de ter alguém

Que aqui está e não existe

Sentir-me triste

Só por me sentir tão bem

E alegre sentir-me bem

Só por eu andar tão triste

 

 

 

 

Letra e música: Pedro da Silva Martins

Havia a solidão da prece no olhar triste

Como se os seus olhos fossem as portas do pranto

Sinal da cruz que persiste

Os dedos contra o quebranto

E os búzios que a velha lançava

Sobre um velho manto

 

À espreita está um grande amor

Mas guarda segredo

Vazio, tens o teu coração

Na ponta do medo

Vê como os búzios caíram

Virados p’ra Norte

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Havia um desespero intenso na sua voz

O quarto cheirava a incenso mais uns quantos pós

A velha agitava o lenço

Dobrou-o, deu-lhe dois nós

E o seu Pai de Santo falou

Usando-lhe a voz

 

À espreita está um grande amor

Mas guarda segredo

Vazio, tens o teu coração

Na ponta do medo

Vê como os búzios caíram

Virados p’ra Norte

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

À espreita está um grande amor

Mas guarda segredo

Vazio, tens o teu coração

Na ponta do medo

Vê como os búzios caíram

Virados p’ra Norte

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Pois eu vou mexer no destino

Vou mudar-te a sorte

 

Letra e música: Jorge Fernando



Cristina Andrade Freire, Estudos Culturais, 2016