Yo

Ela diz que me adora quando a noite vai a meio

Eu sinto-me melhor pessoa, menos fraco, feio

Passa o dedo na rasta com a mão bem suave

Encosta o lábio no ouvido e diz-me: queres que a lave?

Vamos, para o chuveiro e ela flui com a água,

Lava-me a cabeça, a alma e qualquer réstia de mágoa

Diz que o meu amor lhe dá um certo calor na barriga

É aí que eu sei que quero ser para sempre aquele nigga

Que lhe mete a rir, rir, quando eu lhe faço vir

Da terra até à lua mano, é sempre a subir...

E somos grandes, gigantes com dez metros de altura

Falamos vinte línguas, dialectos da Ternura

Tipo...

Uhhh, uhhh!

Yeah, yeah!

Faz, faz!

Bebé

Água morna em pele quente poro aberto não perfura

A minha alma já tá nua e eu faço-lhe uma jura, jura

Para sempre teu depois da noite volvida

Um segundo ao teu lado já preenche uma vida

O conceito de tempo não entra na sensação

Aquilo que vivemos tá gravado no coração

Segura na minha mão e continua a canção

É a melhor que já ouvi reinventaste a paixão

Ela diz que me adora quando o dia vai a meio

O copo passa de meio vazio para meio cheio

A palavra ganha vida e fala à minha frente

Sigo calmo atrás dela deixo crescer a semente

E Diz-me:

Uhhh, uhhh!

Yeah, yeah!

Faz, faz!

Bebé

Em cada beijo há uma frase, em cada frase há um Verso

Em cada verso há um lado do lado inverso

De uma estória que asombra a memória

Da leveza irrisória de uma conquista notória

Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei

Ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei

Foi por isto que esperei, em cada noite que amei

Ou pensei que amei porque é agora que eu sei

A razão da palavra consagrada

Que tanta gente dá à toa em troca de quase nada

Ela não tá espantada, pelo contrário, relaxada

Revê-se na expressão da expressão enamorada

E diz-me:

Uhhh, uhhh!

Yeah, yeah!

Faz, faz!

Bebé

Uhhh, uhhh!

Yeah,yeah!

Vou levar-te para casa, tomar conta de ti

Dar-te um bom banho, vestir-te um pijama e

Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha

Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha

Ouve bem, preciso de alguém do meu lado

Que me dê um bom dia com um sorriso bem rasgado

Amor pela manhã, pela tarde e pelo fim do dia

Mais um pouco quando sonho era o que eu queria

Não é preciso muito, é muito simples na verdade

Só quero amor bom, carinho, solidariedade

Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar

Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que nunca me senti assim

Trata-me bem – eu juro que suo sangue por ti

Faz a coisa certa como o Spike Lee

Podes usar e abusar do teu brinquedo favorito

Mas tem cuidado, por favor, não o deixes partido...

Dou-te tudo o que puder, tudo o que tiver

O que não tiver tiro aos deuses para a minha mulher!

Roubamos um foguete, vamos dar uma volta até à Lua

Escrevo um livro no caminho com a alma toda nua

Procriamos como coelhos e quando nos derem pelos joelhos

Procriamos mais um pouco porque eu adoro fedelhos

Escrevo o teu nome no meu corpo para toda a gente ver

Bem piroso e lamechas, como o amor deve ser, verdadeiro

Olá nina, quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que nunca me senti assim

Gostas de filmes? Podíamos fazer um bem privado...

Eu escrevo, realizo e actuo do teu lado

Podes ser a minha estrela, vou-te dar um bom papel

Pouca palavra, muita acção, acredita que é mel

Nasceste para isto, tá tudo previsto

Por isso insisto e não resisto a dar-te mais um pouco disto

Amor puro, fresco como a brisa do mar

Tenho montes dele guardado, e tá quase a estragar

Envelheço ao teu lado, eu bem gordo tu bem magra

Acabamos com o stock nacional de Viagra

Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar

Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar

Olá nina, chega aqui ao pé de mim

Deixa-me dar-te o que tu mereces

Tu és a resposta para as minhas preces

Senta-te aqui vou-te cantar um som

Doce como tu, como um bombom

Olá, nina quero tratar de ti

Dar-te o mundo e o outro tenho tudo aqui

Chega só um pouco perto de mim

Acredita que nunca me senti assim

Era tudo quando ela me dizia, "Bem-vindo a casa", numa voz bem calma 

Acabado de entrar, pensava como reconforta a alma 

Nunca tão poucas palavras tiveram tanto significado 

E de repente era assim, do nada, como um ser iluminado

E tudo fazia sentido, respirar fazia sentido, andar fazia sentido, todo o pequeno pormenor em pensamento perdido 

Era isto que realmente importava, não qualquer outro tipo de gratificação 

Não o que se ganhava não o bem que dizem de nós não, não, não

Um novo carro, uma boa poupança, nem sequer a família, ou a tal aliança, nada 

Apenas duas palavras, um artigo, formavam a resposta universal 

A minha pedra filosofal 

Seguia para dentro do nosso pequeno universo 

Um pouco disperso, pronto, disponível para ser submerso 

Naquele mar de temperatura amena que a minha pequena abria para mim sempre tranquila e serena

Tento ter a força para levar o que é meu 

Sei que às vezes vai também um pouco de nós 

Devo concordar que às vezes falta-nos a razão 

Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós 

Vem fazer de conta, eu acredito em ti 

Estar contigo é estar com o que julgas melhor 

Nunca vamos ter o amor a rir para nós 

Quando queremos nós ter um sorriso maior 

Bem-vindo a casa dizia quando saía de dentro dela 

O bonito paradoxo inventado por aquela dama bela 

Em dias que o tempo parou, gravou dançou, não 'tou capaz de ir atrás, mas vou 

Porque sou trapalhão, perdi a chave, nem sei o caminho 

Nestes dias difusos em que ando sozinho e definho 

À procura de uma casa nova do caixão até a cova 

O percurso é duro em toda a linha, sempre à prova 

Tento ter a força para levar o que é meu 

Sei que às vezes vai também um pouco de nós 

Devo concordar que às vezes falta-nos a razão 

Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós 

Vem fazer de conta, eu acredito em ti 

Estar contigo é estar com o que julgas melhor 

Nunca vamos ter o amor a rir para nós 

Quando queremos nós ter um sorriso maior 

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido de desculpas, de socorro, de abrigo 

não consigo ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade do meu lar 

Da minha casa, doce casa, já ouviram falar? 

É o refúgio de uma mulher que Deus ousou criar 

Com o simples e único propósito de me abrigar 

Não vejo a hora de voltar lá para dentro, faz frio cá fora 

Faz tanto frio cá fora que eu já não vejo a hora...

Tento ter a força para levar o que é meu 

Sei que às vezes vai também um pouco de nós 

Devo concordar que às vezes falta-nos a razão 

Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós 

Vem fazer de conta eu acredito em ti 

Estar contigo é estar com o que julgas melhor 

Nunca vamos ter o amor a rir para nós 

Quando queremos nós ter um sorriso maior