Membros da Banda : Manuel Cruz (voz), Nuno Prata (baixo),Peixe (guitarra),Kinorm (bateria) e Elísio Donas (teclado) 

 

Anos de carreira : Onze anos/ de 1991 a 2002.

 

Origem : Porto

 

Géneros: rock alternativo, funk rock e jazz fusion

 

Discografia:

  •  Cão! 1997
  • O monstro precisa de amigos/ 1999

 Presenças: Ritual l ; Dez lamurias por gole, Musimagazine; Madame banho, Freesom 95; Madame banho e Gente em Pó, Republica das bananas; A minha pequena menina, Sons de todas as cores; Homens de principios, Ritual Video clips 97; Punk Moda Funk, Tejo Beat; Tempo de nascer em 1998, XX Anos XX Bandas/Circo de Feras em 1999, e em Vodafone Paredes de Coura 2012.

 

Maior êxito: Ouvi dizer

 




Ouvi dizer que o nosso amor acabou.

Pois eu não tive a noção do seu fim!

Pelo que eu já tentei,

Eu não vou vê-lo em mim:

Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.

E ao que eu vejo,

Tudo foi para ti

Uma estúpida canção que só eu ouvi!

E eu fiquei com tanto para dar!

E agora

Não vais achar nada bem

Que eu pague a conta em raiva!

E pudesse eu pagar de outra forma!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,

E eu tinha tantos planos pra depois!

Fui eu quem virou as páginas

Na pressa de chegar até nós;

Sem tirar das palavras seu cruel sentido!

Sobre a razão estar cega:

Resta-me apenas uma razão,

Um dia vais ser tu

E um homem como tu;

Como eu não fui;

Um dia vou-te ouvir dizer:

E pudesse eu pagar de outra forma!

Sei que um dia vais dizer:

E pudesse eu pagar de outra forma!

A cidade está deserta,

E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:

Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.

Em todo o lado essa palavra

Repetida ao expoente da loucura!

Ora amarga! ora doce!

Pra nos lembrar que o amor é uma doença,

Quando nele julgamos ver a nossa cura!

 

Foi como entrar, foi como arder!

Para ti nem foi viver!

Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,

e és o que ele me ensinou:

uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Diz sem querer poupar meu corpo:

"Eu já não sei quem te abraçou."

Diz que eu não senti teu corpo sobre o meu!

Quando eu cair eu espero ao menos que olhes para trás!

Diz que não te afastas de algo que é também teu!

Não vai haver um novo amor,

tão capaz e tão maior,

para mim será melhor assim!

Vê como eu quero e vou tentar,

sem matar o nosso amor,

não achar que o mundo é feito para nós...

Foi como entrar, foi como arder!

Para ti nem foi viver!

Foi mudar o mundo sem pensar em mim!

Mas o tempo até passou,

e és o que ele me ensinou:

uma chaga p'ra lembrar que há um fim!

Uma chaga p'ra lembrar que há um fim...

É que eu não sou um débil mental, 

Eu posso estar errado ou ter agido mal, 

Mas pago o preço que eu tiver de pagar, 

Se for pra tal eu sofro só. 

Se não te agrada a forma de eu falar, 

Acorda e vê que eu cago pró teu não gostar. 

Se as minhas calças, 

Parecem de um pijama, 

Da próxima vez eu saio como entrei na cama. 

Só me agrada ser quem quero, 

Longe de uma falsa situação. 

Masturbação, 

Não fica só pela palma da mão. 

E é tão mau, 

Se a dita Vip. fala caro e faz pensar que eu sou vulgar. 

Eu sou, 

Só não aguento, 

É que ela diga tanta prosa e seja só ar, 

E nem o ar é puro! 

Hipocrisia é mal que eu não suporto, 

Pior até que o não pensar. 

Mas a verdade é que eu não sofro pelo mal, 

Mas pelo meu bem. 

Diz meu mal ou leva-me à razão. 

Quero andar por fora do que eu sou, 

Deixar o tempo ver, 

Do que é capaz. 

Sobre o que gira à volta já falei, 

Contudo há certas coisas em que eu não pensei, 

Se o meu destino é negro ou claro, 

Quem vai dizer nada muda em nada tudo o que eu pensei fazer. 

O mundo não é nada, 

Nada à minha beira, 

se tudo o que acredito já está preso à cadeira. 

E tudo o que eu faço é pensado em mim, 

No fundo eu sei que toda a gente acaba sendo assim. 

Diz meu mal ou leva-me à razão. 

Quero andar por fora do que eu sou, 

Deixar o tempo ver, 

Do que é capaz. 

Não vejo nada contra o infalível, 

Fala bem fala a minha língua, 

Que eu não sou tu, 

Homem de afetação, 

Beija-me o cú, 

Livra livra já não posso mais ouvir! 

É tanta coisa fora do normal, 

Procuras água no deserto. 

Quem sabe até nos faz bem. 

Eu sou mais eu sem ninguém. 

A minha vida não tem nexo, 

Dar-lhe um rumo é dar-lhe um fim. 

Meu bem dói ou não, 

Não eras tu contra a traição, 

Quem evitou, 

Por fim o mal, 

Não foi a pura mas o débil mental! 

Só me agrada ser quem quero, 

Longe de uma falsa situação. 

Só me agrada ser quem quero, 

Longe de uma falsa situação. 

(São) quem são e em nada são iguais, 

Quem é mais? 

Há que eu saiba um ponto igual em nós: 

Sermos tão desiguais!