Amália Rodrigues

Nome de nascimento: Amália da Piedade Rodrigues

Data de nascimento: 1 de julho de 1920

Terra natal: Lisboa

Primeiro contacto com a música: em 1936, quando integra a Marcha Popular de   Alcântara   (nas festividades de   Santo António de Lisboa)

Maior êxito: “Coimbra”

Anos de carreira:   1940   -   1999

Discografia: 

  • As Penas (1945)
  • Perseguição (1945)
  • Troca de Olhares (1945)
  • Duas Luzes (1945)
  • Sei Finalmente (1945
  • A Tendinha (1945)
  • Carmencita (1945
  • Mouraria (1945) 
  • (...)

Músicas

Coimbra é uma lição

De sonho e tradição

O lente é uma canção

E a lua a faculdade

O livro é uma mulher

Só passa quem souber

E aprende-se a dizer saudade

 

Coimbra do choupal

Ainda és capital

Do amor em Portugal, ainda

Coimbra onde uma vez

Com lágrimas se fez

A história dessa Inês tão linda

 

Coimbra das canções

Coimbra que nos põe

Os nossos corações, à luz...

Coimbra dos doutores

Pra nós os seus cantores

A fonte dos amores és tu.

Se uma gaivota viesse

Trazer-me o céu de Lisboa

No desenho que fizesse

Nesse céu onde o olhar

É uma asa que não voa

Esmorece e cai no mar

 

Que perfeito coração

No meu peito bateria

Meu amor na tua mão

Nessa mão onde cabia

Perfeito o meu coração

 

Se um português marinheiro

Dos sete mares andarilho

Fosse quem sabe o primeiro

A contar-me o que inventasse

Se um olhar de novo brilho

No meu olhar se enlaçasse

 

Que perfeito coração

No meu peito bateria

Meu amor na tua mão

Nessa mão onde cabia

Perfeito o meu coração

 

Se ao dizer adeus à vida

As aves todas do céu

Me dessem a despedida

O teu olhar derradeiro

Esse olhar que era só teu

Amor que foste o primeiro

 

Que perfeito coração

Morreria no meu peito

Meu amor na tua mão

Nessa mão onde perfeito

Bateu o meu coração

Numa casa portuguesa fica bem

Pão e vinho sobre a mesa

E se à porta humildemente bate alguém

Senta-se à mesa co'a gente

Fica bem esta franqueza, fica bem

Que o povo nunca desmente

A alegria da pobreza

Está nesta grande riqueza

De dar, e ficar contente

 

Quatro paredes caiadas

Um cheirinho à alecrim

Um cacho de uvas doiradas

Duas rosas num jardim

Um São José de azulejo

Mais o sol da primavera

Uma promessa de beijos

Dois braços à minha espera

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!

 

No conforto pobrezinho do meu lar

Há fartura de carinho

E a cortina da janela é o luar

Mais o sol que bate nela...

Basta pouco, poucochinho p'ra alegrar

Uma existência singela...

É só amor, pão e vinho

E um caldo verde, verdinho

A fumegar na tigela

 

Quatro paredes caiadas

Um cheirinho á alecrim

Um cacho de uvas doiradas

Duas rosas num jardim

Um São José de azulejo

Mais um sol da primavera...

Uma promessa de beijos...

Dois braços à minha espera...

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!

 

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!