Biografia
Nome de Nascimento: Raquel Tavares
Data de nascimento: 11 de janeiro de 1985
Terra natal: Lisboa
Primeiro contacto com a música: a sua família é ligada ao panorama musical.
Anos de carreira: 1997 até ao presente
Discografia:
"Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe, tem tudo,
Quem não tem mãe - não tem nada!
O ardinita, o João,
Levantou-se muito ledo
Porque tinha que estar cedo
À porta da redacção.
Trincou um naco de pão
Que lhe soube muito bem;
Antes de partir, porém,
Beija a mãe adormecida
Dizendo: Cá vou à vida
Ó minha mãe, minha mãe!...
A mãe, com todo o carinho
Deitou-lhe a bênção, beijou-o
E, depois, aconselhou-o:
«Sempre muito juizinho,
Toma conta no caminho,
Não fumes, não jogues nada...
«Pode ficar descansada!...
Disse ele, para a iludir,
E tornou-se a despedir:
Ó minha mãe, minha amada!...
Cruzou toda a Madragoa
Satisfeito a assobiar
Uma marcha popular
Do São João em Lisboa.
Nisto pensou: «É tão boa
A minha mãe!... E contudo
Como a engano, e a iludo
E lhe minto, coitadinha!...
«Gramo» tanto essa velhinha!
Quem tem uma mãe, tem tudo!...
Nesse calão repelente
Da gíria da malandragem,
Existe um quê de homenagem
Nessa boquita inocente.
Marcha para o jornal, contente,
Sempre de alma levantada,
E, como o calão lhe agrada
Repete: - «Como eu a «gramo»!...
Tanto lhe quero, tanto a amo,
Quem não tem mãe, não tem nada!..."
"Chamei amor aos dias tristes que o luar me deu aqui
Que o fim do amor, dizem ser mais que um beijo sem adeus
Que trago em mim a luz dos olhos teus
Pois tanto melhor, que seja amor o que me dá, que seja amor
Passaste como sempre ao fim da tarde
E como sempre ouvi pelas vizinhas
Dizer, que o nosso amor ainda arde
Que ainda passas por saudades minhas
Passaste e eu bem sei que no meu peito
Não há sequer pergunta nem resposta
Em mim passa o silêncio do teu jeito
Como é próprio do peito de quem gosta
Chamei amor aos dias tristes que o luar me deu aqui
Que o fim do amor, dizem ser mais que um beijo sem adeus
Que trago em mim a luz dos olhos teus
Pois tanto melhor, que seja amor o que me dá, que seja amor
Colhi algumas rosas no caminho
Talvez me contem hoje os teus cuidados
Na espera eu vou cantando baixinho
Os versos que te prendem nos meus fados
E sento-me com as flores no regaço
Não há melhor remédio do que a vida
P’ra dar de vez um fim ao embaraço
P’ra dar lugar ao fim da despedida
Chamei amor aos dias tristes que o luar me deu aqui
Que o fim do amor, dizem ser mais que um beijo sem adeus
Que trago em mim a luz dos olhos teus
Pois tanto melhor, que seja amor o que me dá, que seja amor"
"No Largo da Graça já nasceu o dia
Ouço um passarinho, vou roubar-lhe a melodia
Meu amor de longe ligou
Abençoada alegria
Junto ao miradouro, pombos e estrangeiros
Vão a cirandar como fazem o dia inteiro
Meu amor de longe já vem
Pôs carta no correio
Barcos e gaivotas do Tejo
Vejam o que eu vejo, é o sol que vai brilhar
Meu amor de longe está
Prestes a chegar
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver
Fiz um rol de planos para recebê-lo
Fui pintar as unhas, pôr tranças no cabelo
Meu amor de longe há-de vir
Beijar-me no castelo
Eu a procurá-lo, ele a vir afoito
Carro dos Prazeres, número 28
Meu amor de longe saltou
Iluminou a noite
Vamos celebrar ao Bairro Alto
Madrugada, baile no Cais do Sodré
Meu amor de longe sabe bem
Como é que é
Talhado para mim
Mal o conheci, eu achei-o desse modo
Logo pude perceber o fado que ia ter
Por ver nele o fado todo
Chega de tragédias e desgraças
Tudo a tempo passa, não há nada a perder
Meu amor de longe voltou
Só para me ver"