Biografia
Nome de nascimento: Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos
Data de nascimento: 20 de dezembro de 1966
Terra natal: Oeiras
Primeiro contacto com a música: em casa, quando recuperava de uma doença de infância, que se apaixonou pelo Fado ao ouvir a coleção de discos dos pais.
Anos de carreira: 1979 até ao presente
Discografia:
"Sei de um rio…
Sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele, sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio…
Sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio
Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede!
Mas o sonho continua…
E a minha boca (até quando?)
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
“– Sei de um rio…
Sei de um rio…”
Sei de um rio…
Ai!
Até quando?"
"Ai Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
- Tirava os brincos do prego,
Casava c´um homem cego
E ia morar para a Estrela.
Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?
- (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.
E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
- Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.
Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
- Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.
- Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia."
"Foi assim, era costume
Tu vinhas pedir-me lume
Ao balcão daquele bar
Eu disse que não, primeiro
Depois, comprei um isqueiro
E até voltei a fumar
As noites que nós passamos
Quantos cigarros fumámos
Tanto lume que eu te dei
Um dia acordei com frio
Estava o cinzeiro vazio
E nunca mais te encontrei
Mas ontem, naquele bar
De repente, vi-te entrar
Foste direita ao balcão
Como era o teu costume
Vieste pedir-me lume
Mas eu disse-te que não
Se quando te foste embora
Deitei o isqueiro fora
Que lume te posso eu dar?
Pede a outro que te ajude
P'ra bem da minha saúde
Eu já deixei de fumar
Sem dormir de madrugada
Ouvi teus passos na escada
Vi da janela, o teu carro
Debaixo do travesseiro
Encontraste o meu isqueiro
E acendeste-me o cigarro"